PHP ainda faz sentido em 2024?
O ano é 2024 e, com certa frequência, ainda encontro times de TI de clientes, amigos ou colegas que torcem o nariz e proferem piadinhas infundadas quando descobrem que a principal linguagem da minha stack é o PHP.
Chega a parecer que eu dirijo um Peugeot… mas, pera aí, eu dirijo um Peugeot… Seria eu masoquista ou tenho bons argumentos para me manter há 16 anos utilizando PHP?
PHP já foi uma linguagem justamente criticada pelo senso comum. Em suas versões iniciais, a linguagem trazia diversas vulnerabilidades e permitia determinadas práticas por parte de seus usuários que a caracterizavam como a escolha de desenvolvedores que não respeitavam boas práticas ou que estariam dispostos a deixar brechas no código em nome de entregas rápidas e menos seguras. Isso sem falar que as versões anteriores à 7 tinham performance pífia em comparação a outras linguagens. Então chegou o Python, com uma sintaxe tão simples quanto o PHP, mas com performance muito superior. Os frameworks PHP da época, como as versões iniciais de CakePHP, Zend e CodeIgniter, eram burocráticos, bagunçados e pesados para rodar… E, no meio de tudo isso, surgiu o Rails, democratizando o desenvolvimento com Ruby.
Porém, como todo organismo vivo, o PHP amadureceu e trouxe grandes melhorias em sintaxe, performance, boas práticas e segurança. Taylor B. Otwell teve a brilhante ideia de pegar o que via de bom no Rails e adaptar para o PHP, utilizando o Symfony como base, criando o Laravel, que é, provavelmente, o mais robusto e versátil framework para aplicações web da atualidade.
Hoje, o PHP é uma linguagem de baixa curva de aprendizado, amplamente utilizada, que permite, quando operada por um desenvolvedor capacitado e bem intencionado, o desenvolvimento de aplicações rápidas, robustas, escaláveis e seguras. Ao utilizar um framework como o Laravel, é preciso se esforçar bastante para criar um produto ruim.
No fim, tudo se resume ao desenvolvedor. Node, PHP, Java e Python, hoje, são ferramentas ótimas… Mas as boas práticas e a qualidade do código sempre vão depender de quem as opera. No meu trabalho atual, utilizamos 100% do desenvolvimento back-end com PHP. Todas as aplicações passam por extensivos testes de vulnerabilidade, intrusão e QA, e todas são aprovadas.
Tudo o que disse até aqui é para concluir que você não deve ter medo de utilizar PHP nas suas aplicações. Basta se preparar bem, estudar e codar da maneira certa! Tudo vai dar certo. 😄
Um dos principais objetivos deste blog é compartilhar como eu gosto de programar em PHP. Acredito que atingi uma boa maturidade com a linguagem, mas sei que ainda tenho muito a aprender. Vamos juntos nessa jornada?
Para de falar mal do meu Peugeot! Hahahahahaha
Amei o POST, amo você!